Brasão e Armas
Escudo samnítico, encimado pela coroa mural de oito torres, de argente. Em campo de argente, uma lisonja de sinopla, posta em abismo, carregada de um escudete com uma cruz de góles carregada de quatro estrelas de argente postas em cruz e acompanhadas de um arranjo manual de sable no cantão destro e sinistro duas cruzes páteas de góles e vazias de argente.
Abaixo da lisonja, cortando o escudo, uma faixa ondada de blaú e, em ponta, do sable, uma corneta de caça estilo boiadeiro. Como suportes, à destra um ramo de algodão florido ao natural e à sinistra um galho de café frutificado, também ao natural, entrecruzadas em ponta, sobre os quais se sobrepõe um listél de góles, contendo em letras argentinas, o topônimo “NOVA LONDRINA”.
O escudo samnítico, usado para representar o Brasão de Armas da cidade e município de Nova Londrina, foi o primeiro estilo de escudo adotado pela Heráldica portuguesa por influência francesa, passando ao Brasil por hereditariedade, evocando a raça latina colonizadora e principal formadora da nacionalidade.
A coroa mural que o sobrepõe é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de argente (prata) de oito torres, das quais apenas cinco são visíveis em perspectivas no desenho, classificada a cidade que representa na Segunda Grandeza, ou seja, sede de Comarca. O campo de argente (prata) simboliza em Heráldica a paz, trabalho, prosperidade, pureza e amizade.
A lisonja representa na Heráldica o elogio de feitos e ações memoráveis, lembrando no brasão o episódio épico do maior e mais movimentado êxodo rural observado em terras brasileiras, quando numerosas levas de trabalhadores e colonos oriundos de todos os recantos do país, aluíam a gleba de terras onde hoje se ergue a cidade de Nova Londrina, atraídos pela exuberância do solo, no que é representado pela cor sinopla (verde) fazendo com que, em menos de duas décadas a cidade prosperasse tanto, a ponto de se classificar na Segunda Grandeza como centro urbano.
A cor verde (sinopla) é hieróglifo de abundância, fertilidade, alegria, honra e civilidade. A “esperança” é verde, porque alude aos campos verdejantes na primavera, fazendo “esperar” copiosa colheita. Abismo é a nomenclatura heráldica que define a posição da peça contida no campo do escudo, também chamado “centro” ou “coração” do escudo.
O escudete, aplicação sobre a lisonja, reproduz em sua íntegra o Brasão de Londrina, lembrando o topônimo que a cidade ostenta “NOVA LONDRINA”, por certo motivado pela semelhança observada na evolução histórica de cada cidade, quando se repetiu na última a mesma corrida rural pela posse de terras férteis observada na primeira anos atrás.
Em chefe (parte superior do escudo), as cruzes páteas de góles (vermelho) e vasias de argente (prata) é o símbolo que remonte aos primórdios da colonização do Brasil, sendo o primeiro a tremular aos ventos da brasílica terra, trazido pelas caravelas lusitanas e empunhado pelos bandeirantes audazes, conquistadores de terras para o seu povo e seu rei; assim é que, também nas plagas onde hoje se ergue à cidade de Nova Londrina, também o solo foi pisado pelo tacão do bandeirante, quando, após a redução de Santo Inácio, desceram o Paranapanema até o encontro das águas do Paraná.
A faixa ondada de blaú (azul) abaixo da lisonja representa o rio Paraná, em cujo vale se localiza a cidade, e que serviu de elemento de integração do território, propiciando a fixação do homem a terra em face da proximidade do Porto São José.
Em ponta ou contra-chefe, a corneta de caça estilo boiadeiro, evoca a pecuária, um dos esteios da economia municipal, implantada pelo elemento gaúcho em terras do setentrião paranaense. Nos ornamentos exteriores, como suportes do escudo, os ramos de algodão florido e o galho de café frutificado, lembram no brasão os produtos oriundos da terra dadivosa e fértil.
Finalmente, no listél de góles (vermelho) cuja cor é um evocativo da audácia, coragem, valentia e intrepidez, o topônimo identificador, inscrito em letras argentinas (prateadas), motivo do mais justo orgulho de todos os munícipes: NOVA LONDRINA.
Referências
1. ↑ 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
2. ↑ Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
3. ↑ 3,0 3,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
4. ↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
5.Revista "Nova Londrina 30 anos". Edição: Jornal "Diário do Noroeste". Pvaí,Pr 1986
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Categoria: Municípios do Paraná
Donde surgiste terra adorada,
De cujo amigo um lindo poema
Da selva e pesca tem terra amada
Como o Rio Paranapanema;
O Rio Tigre, qual sentinela;
Do teu passado e do teu porvir!
És testemunha da história bela;
Que seu nome fez assim pungir.
Amor e esperança, coragem e ação;
Arrojo e segurança são marcas do teu chão;
Teu rubro sobre o seio, traçado com ardor;
Ao sangue do pioneiro, e a mão do criador.
Quanta beleza por estas matas;
Ao som que seja o rubro café;
Das tuas glebas em que retrata;
Que o povo heróico trabalha em pé;
Teu peito jovem que nos fascinam;
Mais jovem belo sempre será!
Prossegue em frente Nova Londrina
Estrela de ouro do meu Paraná.
Letra por Vera Vargas
Melodia por Sebastião Lima
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