À deriva
Se não tem origem e nem destino como navegar a nau?
No centro do cosmo, ondas catastróficas à frente.
Nem um ruído diferente, a não ser o barulho do mar.
O marujo solitário sem luta chora tristemente.
O peixe grande o persegue à distância.
Seus pensamentos voam em lampejos sem sentido.
O luto vivo a seus olhos não se torna insignificância.
O sonho da conquista em pânico padece desiludido.
Não há socorro esperançoso.
Quando chove é tormenta, quando é sol é morte.
A fé não brota à deriva dum mentiroso.
Não há sinal, nem placa e nem rumo.
A nau está sem condutor, sem norte.
O que era, já não é; nem o mundo.
Prof.
Osmar Fernandes em 25/01/2017
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