Este espaço e dedicado a aqueles que eu amo muito e continuo amando apesar de não estarem mais entre nós. ARMANDO VALENTIM E VICTORIA CHIAMULERA Meus pais, exemplos de trabalho, confiança em Deus e dedicação aos seus 10 filhos (Valentina, Antonio Carlos, Rosa Maria, Ângelo Serafim, Armando, Napoleão Augusto, Odorico Jose, Ivan, Salete Maria e Pedro Paulo). Meu pai, Armando Valentim Chiamulera (14/02/1915 – 09/10/ 2002), gaúcho de Bento Gonçalves, agropecuarista, foi pioneiro do norte do Paraná, onde fundou Ivaiporã, Nova Londrina e desbravou Vila Moema em Maringá, local da atual sede da Universidade Estadual de Maringá. Durante as grandes geadas que castigaram o Norte do Paraná, em 1953 e 1955, sonhou com os coqueiros do sul da Bahia , e, em Caravelas iniciou o cultivo do coqueiro anão em uma grande área concedida pelo então Governador Balbino. No entanto, Nova Londrina, hoje uma cidade com mais de 13 mil habitantes e sede de uma das maiores Cooperativas do Paraná, sempre foi a sua menina dos olhos. Nesta cidade, passávamos nossas férias, brincando na terra roxa, andando a cavalo entre os cafezais e os pastos. Autodidata, sempre afirmava que a maior herança para os seus filhos era o estudo e seu maior desejo era vê-los todos formados, sonho que realizou ainda em vida. |
Minha mãe, Victoria Brancher Chiamulera, (07/11/1918 – 16/10/2003) Alma sensível e musical, aprendeu violino em sua juventude e representava em peças de teatro na escola local. Dona de uma voz soprano invejável, era sempre convidada a cantar nas missas e nos casamentos de sua cidade natal, Viadutos, RS. (Contava-nos que foi sua voz que cativou meu pai, iniciando assim o namoro). Sua maior obra, entretanto, foi a educação de seus dez filhos, trabalho de toda a sua vida, dividida entre o lar e a Igreja. |
Só a família..... Com esta chamada , nas reuniões de família, os dez irmãos se reuniam para tirar fotos (sob a “indignação” das cunhadas e sobrinhos...) ... |
Família de origem italiana com dez irmãos é por si só barulhenta, e todos os dias tinha novidades. A hora das refeições era uma festa e sempre com alguma “confusão”, visto que neste horário todos se encontravam. Logo após o almoço era horário do café com a chegada do 11° irmão, nosso vizinho Mario Braga. Nas festas maiores, Natal, Ano Novo, Páscoa, Formaturas e aniversários havia, normalmente, apresentações dos “talentos artísticos”, conforme as solicitações e disposição de cada um. Isolde Possamai, nossa talentosa prima com sua linda voz, era uma das mais requisitadas. Edmond Fatuch, também dava sua “canja”, cantando tangos argentinos. Armando, meu pai, era ouvinte entusiasmado, amante da leitura, autodidata e sempre à lida, procurando vocábulos nos dicionários; enquanto minha mãe, Vitória, organizava a mesa e a logística da cozinha. Quando se aproximava da sala do piano, cantava suas canções prediletas, Ave Maria de Gounnod, nos tempos primeiros e, depois e sempre, Noite Feliz. Valentina, Tina, a irmã mais velha, pedagoga e professora de Música, era a primeira a tocar o piano. Antonio Carlos, professor de Educação Física, estudante de acordeon na sua infância, ficava observando o movimento. Rosa Maria,tocava piano, a Marcha Turca de Mozart, a Valsa das Flores e uma transcrição do Concerto n° 1 de Tchaikowsky, além do Tico-tico no Fubá, suas preferidas. Ângelo Serafim, formado em Filosofia e Medicina, durante seus estudos no Seminário, aprendeu a tocar órgão e se esmerava em alguns hinos. Anos depois, sua filha Lorenza, excelente cantora, era quem abrilhantava as reuniões, com o seu precoce talento. Armando chamado por todos de Armandinho ou Dinho, advogado, atleta e também professor de Educação Física, era a revelação da casa. Depois que lhe ensinavam a posição das mãos, sem saber uma nota ou qualquer teoria musical, “interpretava”o concerto de Grieg com muita vibração e a sonata de Scarlatti, entre outras. O repertório da Tina estava nos seus dedos. Napoleão Augusto, marine officer, brincava com as imitações e cantorias. Gostava de cantar e era o animador e apresentador da festa. Odorico Jose, se solicitado apresentava-se com sua viola. Ivan,era mais espectador, mas entrava nas brincadeiras do Napoleão. Salete Maria, de modo geral encerrava as apresentações, com música e comentários sobre as obras. Pedro Paulo, atleta internacional, nem sempre estava presente. Quando participava, era o verdadeiro show-man , com sua alegria e entusiasmo. Gostava de cantar pequenos trechos de árias de óperas... |
ARMANDO CHIAMULERA
(15 de junho de 1950 – 26 de setembro de 2023)
Com tristeza, venho manifestar minha solidariedade à Família Chiamulera
pelo falecimento deste filho de fundador de Nova Londrina, Armando Valentin
Chiamulera (14/02/1915 – 09/10/2002) – Dr. Armando Chiamulera, nascido na
cidade de Londrina PR.
Armando Chiamulera, chamado por todos de Armandinho ou Dinho, advogado,
atleta e também professor de Educação Física, era a revelação da família
composta por 10 irmãos: Valentina, Antônio Carlos, Rosa Maria, Ângelo Serafim,
Armando, Napoleão Augusto, Odorico José, Ivan, Salete Maria e Pedro Paulo,
Armando e Ivan foram vereadores em Nova Londrina.
Filho de Gaúcho de Bento Gonçalves,
de origem Italiana, uma pessoa extrovertida, animada, astuto, sabia conduzir as
coisas com uma certa retidão e gostava que fossem moldadas ao bem coletivo.
Participativo na alavanca de progresso do nosso município, força
cooperativista na Copagra, no agronegócio, Professor e competidor olímpico,
além da doutrina imposta era inspirador e admirado por seus alunos.
Seu jeito matuto dentro de seu fusca
branco rodando pela avenida Antônio Ormeneze, em direção a sua propriedade
jamais iremos esquecer.
Armandinho, nasceu numa família apaixonados pela música, a mãe Vitória
Brancher, tinha talento no sangue e inspirou a todos o gosto pela música, mesmo
cantando ou tocando instrumentos, Dinho, depois que lhe ensinavam a posição das
mãos, sem saber uma nota ou qualquer teoria musical, “interpretava” o concerto
de Grieg com muita vibração e a sonata de Scarlatti, entre outras.
NESTE momento de luto e muita tristeza, rogamos ao PAI que o acolha em
seu reino Celestial, dê a família CHIAMULERA, aceitação e o conforto neste
momento de dor e lágrimas pela triste partida deste amigo de Nova Londrina!
O velório acontece na Capela Milani em Nova Londrina, com sepultamento previsto para 18:00h, no cemitério municipal de Nova Londrina.
Por: Alcides Mendes Filho