A "faladeira" de plantão a excomungava.
Era vista como vagabunda.
A mulherada a odiava...
Para aquela vizinhança, era prostituta.
Todos os dias, às cinco horas da tarde,
Ela ia ao cemitério, ao túmulo do seu pai.
Cumpria a promessa... virou madre.
Chorava, pedia perdão; era seu cálice.
Um dia, antes da morte do pai, ela o destratou.
Ele havia lhe presenteado com um sapato novo.
Daquele modelo, ela detestou.
Ele morreu num enfarte fulminante...
Ela nunca mais deixou de visitar o pai morto.
E, gente fofoqueira a condenava errante.
Prof. Osmar Fernandes, em 25/09/2009
Código do texto: T1829994
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Prof. Osmar Soares Fernandes). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por você me visitar! Fico grato e volte sempre. Encaminhe a mensagem desejada a um amigo(a); faça desse blog sua leitura virtual diária. Enviei-me sugestões.
Felicidade sempre!