Tia Júlia,
brasileira, viúva e aposentada, morou por muito tempo no Varjão de Índio Borba,
município de Marilena/PR, onde João Fernandes e Vicente Soares cultivavam
arroz. Quando ficou viúva e sozinha, mamãe Lêda a acolheu em sua casa em Nova
Londrina/PR, tornando-se membro da família.
Era religiosa e ia
sempre aos cultos na Igreja Presbiteriana Independente de Nova Londrina/PR,
onde ocorreu a cerimônia do seu velório. Tia Júlia ajudou mamãe Lêda a criar os
seis filhos, transformando-se numa segunda mãe. A sua personalidade maravilhosa
e cheia de vida inspirava todos.
Tinha um filho,
Cícero, que há muito não via. No casamento de Osmar e Leny, em 1980, em
Diamante do Norte/PR, ele reapareceu, permitindo que todos o conhecessem. Após
o casamento, retornou à sua cidade e é de saudosa memória.
Era contadora de
histórias, excelente cozinheira e adorava fazer pudim de leite e variedades de
doces, sempre guardando um especialmente para o Osmar. Quando Wilson chegava em
casa, vindo de Apucarana/PR, onde estudava no Colégio Agrícola, ela
preparava-lhe um pudim de bananas. Ela orientou o Osmar a usar minancora para
se livrar das espinhas no seu rosto e deu certo. Cozinhava ovo frito e batatas
fritas como ninguém; a sua culinária era de altíssimo nível.
Quando Osmar e Leny
tiveram sua primeira filha, Jackeline, Dona Júlia foi morar com eles na Fazenda
em Diamante do Norte. Quando se mudaram para Nova Londrina/PR, foram morar no
Conjunto Habitacional Papa João Paulo II (180 casas), onde nasceu a segunda
filha, Dayanne. Dona Júlia se apegou tanto a ela que a tratava como se fosse
sua filha, era amor de vó.
A Dayanne disse ao
seu pai: “Descobri estar gestante mais ou menos em maio/junho de 2006, e vou
ter o bebê em fevereiro de 2007, que se chamará Ana Júlia Gilglioli Fernandes
Nunes”. O porquê do nome: O Daniel gosta daquela artista, Julia Roberts, e
eu, de Júlia, devido à tia Júlia. Daí, como nós dois queríamos o nome composto,
dei a dica de juntar Ana com Júlia, aí gostamos. Júlia, em homenagem à tia
Júlia. Dayanne Gil diz: “Que eu tanto amo”.
Tia Júlia, como ficou
carinhosamente conhecida por todo mundo, tornou-se uma pessoa especialíssima
para a família Fernandes, amigos e membros de sua Igreja. Ela era generosa,
carinhosa e muito fiel a Deus. Sempre estava pronta para ajudar e dar conselhos
a quem precisasse. Deus a recolheu e está sepultada ao lado do túmulo da dona
Lêda e do seu João Fernandes, no Cemitério Municipal de Nova Londrina, Estado
do Paraná.
Por: Osmar S. Fernandes
Depoimentos:
Marlene,
11 de janeiro de 2025, às 14:04:
Ah!
Sinto o cheiro e o sabor de seus rocamboles recheados de goiabada, nunca comi
outro igual! Quantas conversas, que colinho, sempre otimista e cheia de vida!
Saudades eternas, minha tia Júlia!
Wilson,
11 de janeiro de 2025, às 14:24:
Dona
Júlia, uma pessoa doce, alegre que contribuiu muito com a minha criação. Tive o
privilégio de conviver com o seu jeito despojado e sorrateiro. Seu sorriso era
sua marca, voz marcante e invisível. Uma das melhores lembranças dela é que eu,
quando estava de férias, sempre me recebia com o seu famoso pudim de bananas.
Nunca esqueço disto.
Dayanne,
11 de janeiro de 2025, às 14:28.
Minha
amada, eu a tinha como uma segunda mãe, lembro do seu abraço, como era
carinhosa comigo, um amor verdadeiro, eu era a sua preferida. Quando você se
foi, partiu meu coração, lembro como se fosse hoje, como dói a partida, mas sei
que está descansando e que está num lugar bom. Eu te amo para sempre e
eternamente te amarei. Minha filha Júlia foi uma homenagem a você. Você sempre
semipresencial será especial para mim, não importa se não está mais
entre nós, mas sempre será lembrada. Te amo.
Dayanne,
de janeiro de 2025, às 15:06.
Conheci
a famosa tapioca através da tia Júlia, todas às vezes que estávamos juntas ela
fazia para mim. Tia Júlia, como você faz falta, meus olhos enchem de lágrimas.
Como sinto a sua falta, sinto falta do seu abraço, de ouvir as suas histórias,
de ouvir a sua voz, uma pessoa calma, maravilhosa que jamais será esquecida. Te
amo.